"You were born an original. Don't die a copy!" - John Mason

domingo, 9 de janeiro de 2011

Vou partir-te a cara!

Este blogue tem andado muito parado. Muito, para meu gosto.
Desta forma, decidi pedir a alguns dos meus bloguers preferidos para darem a sua contribuição.


A primeira, foi a Ana :)



"Nunca percebi muito bem a lógica de algumas pessoas (e aqui subentendem-se ambos os sexos) quando, ao serem traídas pelo companheiro, resolvem cair em cima da pessoa com quem ele as traiu. É que só a frase “traídas pelo companheiro” já diz tudo: é ele que trai, não outra pessoa. É a ele que se devem pedir explicações, chamar nomes feios, ou fazer a mala e meter à porta de casa, se for esse o caso. Porque é ele que dorme connosco, é ele que nos deve respeito e é ele que o quebra com a traição. A outra pessoa? Que importa a outra pessoa? Ela não nos deve nada. Se deveria ou não meter-se com alguém comprometido ou casado, isso é problema da consciência dela. Se também estiver a trair um companheiro, ele que lhe peça explicações. Mas meter na 3ª pessoa a culpa de uma traição, é estar a passar um atestado de vítima a quem, na verdade, é o verdadeiro culpado.

Foi seduzido? Foi provocado? Oh que chatice! Pobre coitado! Mais um bocadinho e ainda descobrimos que tinha uma arma apontada à cabeça. Aquela desgraçada, filha da mãe, manhosa dum raio, desviou o menino do bom caminho. Ele, coitado, nem sequer pensava nisso. Se ela não tivesse aparecido com as garras de fora, nada disto acontecia. Por isso, toca a partir-lhe a cara!

Really? Não me parece. Quem trai, trai porque quer, porque assim o escolhe naquele momento. E é em quem trai que as culpas devem cair. Se se perdoa ou não, isso já é uma decisão de cada um. Mas perdoar quem nos trai e passar o resto da vida a amaldiçoar a outra (como um caso que eu conheço), já me parece coisa de gente que não bate bem."

9 comentários:

  1. A imoralidade está nos dois lados mas a culpa, obviamente, reside na pessoa que tem o compromisso.

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  2. Ana, a mim, parece-me uma questão bastante óbvia.
    Se alguém me trair, é com esse alguém que eu vou ter. Com toda a certeza não será com a outra pessoa. É claro que ninguém gosta de ser traído mas há que ter discernimento.

    Se alguém tem um compromisso, é esse alguém que o tem que respeitar. Não os que estão de fora. Relativizando, é o mesmo que eu faltar ao trabalho porque decidi ir ter com X ou porque X me desafiou para ir às compras. A quem é que o meu patrão vai pedir explicações? A mim, pois claro. Eu é que devia ter ido trabalhar, mais ninguém.

    Esta lógica também se pode aplicar ao assunto deste texto.
    Não me venham com desculpas de que este ou aquela só traiu porque foi desafiado/a. Tretas!
    Quem trai, faz porque quer, não porque foi obrigado. Logo, é mais que lógico saber a quem temos que pedir explicações.
    Não vejo onde está a complicação.

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  3. Não diria melhor. Quem nos deve fidelidade e respeito é o nosso companheiro. É a ele a quem devemos perdir explicações.

    A/O amante tem a sua culpa. Tem, mas essa deve ser ditada pela sua consciência.

    Bjs

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  4. depende quem for a 3ª pessoa, acho eu. se for um desconhecido compreendo, mas e se não for ?

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  5. No fundo embirrar com o objecto de afecto alheio e um pouco assumir que nos mesmos nos vemos como objectos e em inferioridade moral para com a parte prevaricadora.

    Alias, nem percebo muito bem o porque de ficar chateado com uma infidelidade. Trair quer dizer apenas que a pessoa em causa estava com tusa e nos n estavamos disponiveis para a satisfazer. E mais um alerta para nos do que para a outra pessoa.

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  6. Francis, tendo em conta que a Ana diz: "A outra pessoa? Que importa a outra pessoa? Ela não nos deve nada.", suponho que a 3ª pessoa seja um desconhecido. Só assim o texto faz sentido, na minha opinião. Um amigo deve-nos algo, por isso, parece-me que ela se refere a não mais que um desconhecido.

    Ana, vem cá tirar as dúvidas ;)

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  7. Francis:

    A Margarida seguiu bem o meu raciocínio. Claro que me referia a alguém desconhecido, ou que não mantenha com a dita pessoa uma relação de amizade. Obviamente que tratando-se de um amigo/a, existirá também aí uma traição da parte dele/a.

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  8. pronto, falta de atenção minha.


    bom dia.

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  9. Concordo contigo, até porque muitos nem trazem nenhum autocolante a mostrarem-se comprometidos.

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