"Existe um timing para tudo e muitos são aqueles que não o respeitam, porque acham, precisamente, que não existe um timing para nada. Porque o que importa é a força de vontade, a forma como acreditamos naquilo que desejamos alcançar, a intensidade com que depositamos confiança em nós próprios é muito importante… esqueci-me agora. Estas frases são muito bonitas mas não passam disso: espremem-se muito bem, como se estivessem a sair da máquina de lavar em direcção ao estendal, mas nem uma pinga de água.
Existe um timing, sim. E se ele existe é para ser cumprido, tal qual uma colheita que tem de ser feita em determinado período. Vamos cá ver: por que é que a apanha da cereja é normalmente feita em Maio/Junho e a de uva entre Setembro/Outubro? Deve ter sido por acaso, querem ver? Pois claro que não! Porque é aí que os frutos estão nas melhores condições para serem colhidos: nem verdes, nem demasiado maduros. Na altura certa. No chamado ”ponto” para irem para o cesto. E o que acontece quando não respeitamos este timing é que possivelmente encontramos lá os frutos, sim, mas já sob a forma de fósseis ou com caruncho, que é como se costuma dizer lá na terra. É daí que vem a expressão “não vales um caroço”, que é ao que ficam reduzidas as cerejas se não forem apanhadas a tempo.
E assim, há muitas pessoas que continuam a não respeitar esta elementar regar – a da colheita no tempo certo – convencidos de que ainda podem apanhar maçãs em Fevereiro. Não podem. Existe um tempo para tudo e se não apanharmos o que ele nos dá na altura certa, nada retiraremos dele. Falharemos o timing ou pura e simplesmente o deixaremos passar como se estivéssemos de boca aberta, na janela do carro, a ver um palácio muito bonito. E depois disto, quando passamos, quando percebemos o que ficou para trás, é que entendemos que o timing era aquilo. E era tão simples de entender. Pelos sinais que nos faziam, pela forma como nos olhavam, por aquilo que nos diziam. Tão simples de entender, caramba! E nós ali, numa espécie de gaguez mental que nos retrai em vez de nos fazer ir em frente.
E o mais curioso é que quando entendemos tudo desde o início mas achamos que ainda não é o timing certo, que ainda precisamos de mais uma prova ou outra de que isto não é assim: mais um jantar, mais um cinema, mais umas férias – que eu depois quando vier decido -, mais uma carta, mais um telefonema, uma mensagem cautelosa – que eu ainda não tenho a certeza – mais um dia a seguir ao outro, mais uma semana em que não nos vemos, mais uma semana em que nos vemos sem nos ver, até ao dia em que percebemos que perdemos todo o timing que até aí nos unia."
Existe um timing, sim. E se ele existe é para ser cumprido, tal qual uma colheita que tem de ser feita em determinado período. Vamos cá ver: por que é que a apanha da cereja é normalmente feita em Maio/Junho e a de uva entre Setembro/Outubro? Deve ter sido por acaso, querem ver? Pois claro que não! Porque é aí que os frutos estão nas melhores condições para serem colhidos: nem verdes, nem demasiado maduros. Na altura certa. No chamado ”ponto” para irem para o cesto. E o que acontece quando não respeitamos este timing é que possivelmente encontramos lá os frutos, sim, mas já sob a forma de fósseis ou com caruncho, que é como se costuma dizer lá na terra. É daí que vem a expressão “não vales um caroço”, que é ao que ficam reduzidas as cerejas se não forem apanhadas a tempo.
E assim, há muitas pessoas que continuam a não respeitar esta elementar regar – a da colheita no tempo certo – convencidos de que ainda podem apanhar maçãs em Fevereiro. Não podem. Existe um tempo para tudo e se não apanharmos o que ele nos dá na altura certa, nada retiraremos dele. Falharemos o timing ou pura e simplesmente o deixaremos passar como se estivéssemos de boca aberta, na janela do carro, a ver um palácio muito bonito. E depois disto, quando passamos, quando percebemos o que ficou para trás, é que entendemos que o timing era aquilo. E era tão simples de entender. Pelos sinais que nos faziam, pela forma como nos olhavam, por aquilo que nos diziam. Tão simples de entender, caramba! E nós ali, numa espécie de gaguez mental que nos retrai em vez de nos fazer ir em frente.
E o mais curioso é que quando entendemos tudo desde o início mas achamos que ainda não é o timing certo, que ainda precisamos de mais uma prova ou outra de que isto não é assim: mais um jantar, mais um cinema, mais umas férias – que eu depois quando vier decido -, mais uma carta, mais um telefonema, uma mensagem cautelosa – que eu ainda não tenho a certeza – mais um dia a seguir ao outro, mais uma semana em que não nos vemos, mais uma semana em que nos vemos sem nos ver, até ao dia em que percebemos que perdemos todo o timing que até aí nos unia."
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