"You were born an original. Don't die a copy!" - John Mason

domingo, 19 de junho de 2011

Somebody shoot me, please!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Marcha das Ordinárias

"É a mais recente forma de protesto feminista. A Slutwalking (Marcha das Ordinárias) anda a percorrer o mundo para contestar a ideia de que as mulheres violadas estavam 'a pedi-las'."

Após ter lido ESTA notícia, decidi ler alguns comentários e fiquei estupefacta com a imbecilidade que por lá anda. Uma qualquer criatura com o nickname de "honolux" deixou comentários de bradar aos céus, em que um primeiro, foi esta pérola:

Seguem-se comentários discordantes a este, a pessoa continua a responder como se tivesse toda a razão do mundo, dizendo também, que não há outra razão para uma mulher usar mini-saia, a não ser a de querer provocar TODOS os desconhecidos que se cruzam com ela. Alguém lhe responde a isso e a contra-resposta é decadente:



O homem chega ao ponto de dizer que, uma mulher andar de mini-saia no meio da rua, é o mesmo que um homem andar na rua com meio pénis de fora.

Sem dúvida que se vir um homem as mostrar as suas pendurezas no meio da rua, a primeira coisa que me vem à cabeça é querer saltar-lhe para cima.
Maldita vontade a minha, incontrolável, que não dá mesmo para resistir. Mas isto é só uma reacção à agressão (provocação). Se me agridem (provocam), tenho o direito de reagir à minha maneira (satisfazer este meu instinto sexual, animal). Maluca!

Isto é mesmo a sério? Tristeza!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma questão de timing


"Existe um timing para tudo e muitos são aqueles que não o respeitam, porque acham, precisamente, que não existe um timing para nada. Porque o que importa é a força de vontade, a forma como acreditamos naquilo que desejamos alcançar, a intensidade com que depositamos confiança em nós próprios é muito importante… esqueci-me agora. Estas frases são muito bonitas mas não passam disso: espremem-se muito bem, como se estivessem a sair da máquina de lavar em direcção ao estendal, mas nem uma pinga de água.

Existe um timing, sim. E se ele existe é para ser cumprido, tal qual uma colheita que tem de ser feita em determinado período. Vamos cá ver: por que é que a apanha da cereja é normalmente feita em Maio/Junho e a de uva entre Setembro/Outubro? Deve ter sido por acaso, querem ver? Pois claro que não! Porque é aí que os frutos estão nas melhores condições para serem colhidos: nem verdes, nem demasiado maduros. Na altura certa. No chamado ”ponto” para irem para o cesto. E o que acontece quando não respeitamos este timing é que possivelmente encontramos lá os frutos, sim, mas já sob a forma de fósseis ou com caruncho, que é como se costuma dizer lá na terra. É daí que vem a expressão “não vales um caroço”, que é ao que ficam reduzidas as cerejas se não forem apanhadas a tempo.

E assim, há muitas pessoas que continuam a não respeitar esta elementar regar – a da colheita no tempo certo – convencidos de que ainda podem apanhar maçãs em Fevereiro. Não podem. Existe um tempo para tudo e se não apanharmos o que ele nos dá na altura certa, nada retiraremos dele. Falharemos o timing ou pura e simplesmente o deixaremos passar como se estivéssemos de boca aberta, na janela do carro, a ver um palácio muito bonito. E depois disto, quando passamos, quando percebemos o que ficou para trás, é que entendemos que o timing era aquilo. E era tão simples de entender. Pelos sinais que nos faziam, pela forma como nos olhavam, por aquilo que nos diziam. Tão simples de entender, caramba! E nós ali, numa espécie de gaguez mental que nos retrai em vez de nos fazer ir em frente.

E o mais curioso é que quando entendemos tudo desde o início mas achamos que ainda não é o timing certo, que ainda precisamos de mais uma prova ou outra de que isto não é assim: mais um jantar, mais um cinema, mais umas férias – que eu depois quando vier decido -, mais uma carta, mais um telefonema, uma mensagem cautelosa – que eu ainda não tenho a certeza – mais um dia a seguir ao outro, mais uma semana em que não nos vemos, mais uma semana em que nos vemos sem nos ver, até ao dia em que percebemos que perdemos todo o timing que até aí nos unia."


Escrito pelo grande Fernando Alvim, pois claro!

Amén!