Este fim-de-semana foi para a desgraça, mesmo! Mas também já estava a precisar de um assim.
6ª feira agarrei no saco e fui passar o fim-de-semana a Lisboa, a casa de uma amiga.
"Ah e tal, bora para os Santos!"
Lá fomos nós de transportes públicos (que somos pessoas responsáveis), chegámos à Praça de Figueira e... nada! Oi? Nada? Não há festa? Onde andam as pessoas?
"Bem, se calhar estamos no sítio errado", pensámos. "Vamos até ao Castelo. O ano passado estava fixe"
Subimos (MUITO) até ao Castelo e... nada! "Porra, nada?". Perguntámos ao senhor de um barzinho que estava aberto:
- "Desculpe lá, mas não há festa?"
- "Não meninas, é só amanhã!"
Então e agora fazemos o quê? Não me apetece ir para casa. Ligámos a uns amigos que também vinham ter connosco, informámos do sucedido e decidimos o próximo destino: Bairro!
E pronto, foi o principio do fim!
Eu adoro o bairro! Adoro o ambiente. Adoro a variedade de pessoas que por lá encontramos. Adoro o espírito e a energia que se sente. Ninguém está preocupado com a roupa que a pessoa do lado está a usar. No stress, está tudo ali para o mesmo.
Conhecem o bar "Fiéis aos Copos"? Se não conhecem, deviam conhecer. Caipirinhas, Caipiroskas e afins, tamanho XXL, ao preço de um copozito normal em qualquer bar ou discoteca.
E foi aí que encontrei a primeira personagem da noite.
Chega-se um loiro e diz assim ao gajo que está no bar:
- "The Spanish people want me to sign here because I'm very famous in Spain."
Eu o menino do bar (giro, giro) ficámos a olhar para o gajo com cara de parvos.
- "A sério!!!", diz o espanhol num português arranhado.
- "Mas eu não tenho aqui nenhum papel para assinares" (acompanhado em linguagem gestual)
- "Give anything. That, that!" (mais linguagem gestual).
O gajo deu-lhe um cartão qualquer para o despachar e ele lá foi, todo contente, para uma parede, escrever uma qualquer dedicatória para deixar no bar.
O que me ri com aquela cena. Devia ter pedido um, podia ser que me valesse algum dinheiro. Damn!
Depois de várias bebidas, muita música e de ter de me fazer de lésbica com uma das raparigas que estava comigo, com direito a beijos na boca e tudo, para que nos desamparassem a loja, o bairro "encerrou" e fomos parar ao Plateau (a melhor discoteca de sempre!!!)
Fomos para casa já era de dia e fizemos amizade com um dos senhores "Qué frô?", que por sinal era muito simpático, apesar de nos ter dito que na Índia, as meninas com 24 ou 25 anos já deviam estar casadas porque senão já não valiam nada, terminando a frase com o gesto de passar o indicador pelo pescoço, como se estivesse a ser cortado.
No Sábadodo voltamos ao bairro. O loiro estava lá novamente mas desta vez só pediu uma caneta...